MEU MUNDO
ZICA. Minha avó materna, desde que eu entendo as palavras, me chamava assim, Zica, não sei porquê. Mas eu gostava. E cresci Zica, hoje com 14 anos e oito meses, pra ser mais exata. E desde os 11, cultivei o hábito de fazer MINHA ARTE. Amo escrever, cantar, fui até estudar música. Sou fruto de uma infância com pais displicentes (meu pai por trabalhar muito, e minha mãe por precisar de muito tempo pra viver no “Planeta das Peruas Vaidosíssimas”) e de uma babá que sempre adorou me sacanear. Eu bem que podia me fazer de coitadinha, mas sou do tipo que supera essas coisas nem tão legais que a vida nos oferece, e, se possível, até com humor (aprendi que é uma boa ferramenta pra nossa sobrevivência).
E resolvi que quero ser alguém na vida, quero falar eser ouvida. Aquela coisa de “Falem mal, mas...”o resto vocês já sabem!
MEU MUNDO:
Há tempos venho pensando no que fazer com o que venho desenhando, escrevendo, compondo, coisas que mantenho trancadas no meu quarto, no meu mundo. Foi então que vieram as palavras mágicas: DESENHO ANIMADO! Isso, uma série em animação aonde eu fosse desovando aos poucos esse material. DO MEU MUNDO PRO MUNDO DE TODO MUNDO. Confuso? Talvez. Meus dias são assim: vivo como quase qualquer garota da minha idade, e, claro, coisas acontecem o tempo todo. Coisas boas e ruins também, porque nada nem ninguém é perfeito. E aquilo que mexe comigo, me incomoda, vira inspiração. E na arte eu coloco minha forma de “ver” tudo isso,
de sentir as coisas. Eu divido esse processo com meus bichos de estimação, são 3 camaleões que vivem no meu quarto e falam comigo; me ajudam bastante, pois enchem minha cabeça de conflitos, o que é bom, me fazem pensar e tirar conclusões. E é desse dia a dia que saem as histórias para os episódios da minha série em animação “Zica e os Camaleões”: da relação com a família (meio complicada), colegas de escola (alguns), amigos (pouquíssimos) e etc, etc... Vivemos num mundo caótico, e quero fazer alguma diferença; não quero
ser daquelas pessoas que simplesmente passam por aqui empurrando com a barriga. Quero marcar meu território porque acho que é isso que os artistas (os bons) fazem, não é mesmo?